Thursday, January 29, 2009

Desde a história do Bico...

Que história do bico, você deve estar se perguntando. Bem, quando eu era pequena, 2 anos e meio, para ser mais exata, minha mãe sabia que eu seria independente. Isso porque, um dia, virei para ela e disse: "Vou jogar meu bico fora." E joguei. À noite, é claro, "Mãããããe, cadê meu bico?" E minha mãe, de primeira viagem, nova e insegura, agiu muito bem: "Você jogou fora". E eu, despertando meu lado "posso cuidar do meu nariz", dei de ombros. "Então eu vou dormir". E nunca mais pedi pelo tal do bico.

Desde então, tomo minhas decisões sozinha. Aviso quando já fiz um monte de burrada, e já estou perto de concertá-las. Sempre foi assim. Quando não dá para concertar, trato de fugir. Sem vergonha, fujo mesmo. Por isso venho me despedir. Essa, com certeza, é a maior fuga que já fiz.

Então, adeus, e desculpe por não ter me grudado. Desculpe por não ter dito que precisava de você. Se precisava? Talvez sim. Talvez não. Nunca vamos saber. O que sei, é simples - sinto sua falta, mas posso viver muito bem sem você.

Às vezes, somente, queria que você me odiasse. Ao invés de, simplesmente, fingir que eu nunca existi.

1 comment:

Anonymous said...

A indiferença sempre foi pior que o ódio. O ódio pelo menos entretém os dois sujeitos envolvidos. A indiferença desaponta um e não faz nada pelo outro. Perdão, viajei.