Love,
Where have you been all this time?
Quando repenso a minha vida só vejo entradas e saídas do ônibus;
pés calçados; livros nas mãos; e calças jeans demais.
Ontem sonhei que nada disso aconteceu. Abri a janela do meu quarto e, ao invés da costumeira grade de ferro, vi meu jardim coberto por uma flor macia e branca, nas quais meus pés descalços afundaram, nunca encontrando o chão de cimento. Minhas mãos livres brincaram e eu deitava, como se todo a minha casa fosse nada além de um pedaço do céu.
Será que não poderia ter sido assim? Uma sucessão de dias a pisar em núvens feitas de flores brancas, respirar um orvalho quente e ouvir um silencioso canto de pássaros. Não sentira fome, ou desejo, ou inveja. E viveria sem ter conciência disso, adorando cada segundo sem sentir o tempo passar.
Será que eu não deveria ter sido uma música, ou um sentimento, como o amor? Que serve somente para ser poetizado, falado, sentido, gozado e ser só perdão.
Sinto falta - não sei do que, não sei de quem. Quero que um alguém fique mais tempo; quero que uma tal coisa me suprima; quero virar uma núvem de flores brancas e perfumadas. Quero fechar os olhos, e dormir...
Saturday, January 10, 2009
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