Que história do bico, você deve estar se perguntando. Bem, quando eu era pequena, 2 anos e meio, para ser mais exata, minha mãe sabia que eu seria independente. Isso porque, um dia, virei para ela e disse: "Vou jogar meu bico fora." E joguei. À noite, é claro, "Mãããããe, cadê meu bico?" E minha mãe, de primeira viagem, nova e insegura, agiu muito bem: "Você jogou fora". E eu, despertando meu lado "posso cuidar do meu nariz", dei de ombros. "Então eu vou dormir". E nunca mais pedi pelo tal do bico.
Desde então, tomo minhas decisões sozinha. Aviso quando já fiz um monte de burrada, e já estou perto de concertá-las. Sempre foi assim. Quando não dá para concertar, trato de fugir. Sem vergonha, fujo mesmo. Por isso venho me despedir. Essa, com certeza, é a maior fuga que já fiz.
Então, adeus, e desculpe por não ter me grudado. Desculpe por não ter dito que precisava de você. Se precisava? Talvez sim. Talvez não. Nunca vamos saber. O que sei, é simples - sinto sua falta, mas posso viver muito bem sem você.
Às vezes, somente, queria que você me odiasse. Ao invés de, simplesmente, fingir que eu nunca existi.
Thursday, January 29, 2009
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1 comment:
A indiferença sempre foi pior que o ódio. O ódio pelo menos entretém os dois sujeitos envolvidos. A indiferença desaponta um e não faz nada pelo outro. Perdão, viajei.
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