Memória das Minhas Putas Tristes.
Gabriel Garcia Marques
A primeira coisa que pensei foi na história da Bela Adormecida. Não aquela da Disney, com a princesa loira e bem vestida, é claro. A verdadeira história - a moça Delgadina, dormindo nua, despertando o amor em um homem que passara 90 anos sem conhecê-lo, e a pergunta que nunca vai ser respondida - eles viviriam o amor? ele morreria sem saber o que era "fazer amor com alguém que se ama", ou partiria para o plano superior tendo na memória suas putas tristes, e a saudade da mocinha de 15 anos que conheceu somente no sono e no sonho.
O livro precisa ser lido com trilha sonora. Queria ouvir a música que o velho sábio cantou, pedalando feliz pelas ruas da velha cidade. Os belos boleros que embalavam o sono de Delgadina. Ai... que saudade... saudade daquele amor que "empapa as folhagens" - como disse uma vez meu querido Riobaldo (GSV).
Que Saudade... de dar amor a um alguém...
If you were coming in the Fall,
I'd brush the Summer by
With half a smile, and half a spurn,
As Housewives do, a Fly.
If I could see you in a year,
I'd wind the months in balls—
And put them each in separate Drawers,
For fear the numbers fuse—
If only Centuries, delayed,
I'd count them on my Hand,
Subtracting, till my fingers dropped
Into Van Dieman's Land.
If certain, when this life was out—
That your's and mine, should be—
I'd toss it yonder, like a Rind,
And take Eternity—
But now, uncertain of the length
Of this, that is between,
It goads me, like the Goblin Bee—
That will not state—its sting.
Emily Dickinson
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