Sunday, October 14, 2007

Existencia

De repente agora.
Os segundos indomáveis
Fluem num compasso que não controlo.
O momento anterior já o perdi.
Dele o que restou?
Lembranças, talvez...
O ontem, como vento,
brevemente passou.
O amanhã iminente se levanta.
O tempo é inesgotável.
Na eternidade cadenciada do tempo
o presente suspira sua imortalidade.
Esgota-se.
E como a Fênix, se renova no momento posterior.
Aonde neste devir me encontro?
Não enquanto matéria.
Essa, já há muito tempo foi sentenciada,
Terá princípio meio e fim.
Na constância inconstante do tempo,
onde tudo muito ou pouco
me parece tão fugaz,
como concluir que viver não é em vão?
Para existir basta nascer
para eu não ser, basta lutar, desejar.
Beber goles secos da morte não é a solução.
Vivo da saudade sentida.
Ela, como criança, se abriga no ventre do meu existir.
Se alguém por mim a gerar, saberei,
que bem ou mal, eu existo.
Na bruma do tempo, essa certeza não se desvanecerá.
De repente agora...


Paula Novaes

3 comments:

Maritaca said...

Olá Moça!

Mto bacana mesmo!
bj!

Anonymous said...

Obriga, fico feliz que tenha gostado. é bom saber que uma situação particular, possa servir de inspiração pra criar algo, e ainda tocar ou agradar outras pessoas...
bjos!!!

Ane Caroline Faria said...

essa é a minha amiga!!!!